Harley Silva - O Último Dia Na Terra (part. Arthur e Flocos)

A paz acabou o amor morreu
Quem na terra ainda ficou
Infelizmente se vendeu

Os seres humanos que restaram

Se definham na névoa fria

E não existem mais animais

E nem sabemos se teremos um outro dia

As folhas do outono tocam o chão sombrio
A poeira e a sujeira invadem o mundo vazio
O vento sopra o meu fluido lacrimal
Onde meu nervo ótico não me diz o que é real
Meu coração nem esboça reação
Quando olho para baixo e não vejo meus pés no chão
Não espero o amanhã hoje é o final
E se vier um amanhã com certeza não é real
Minha retina acostumou se com a rotina
De quem largou a forca pra encarar a guilhotina
E vejo um mundo imundo as margens da matança
E um pai de família na filha sem esperança
A mãe chora pelo filho que se perde no caminho
E vira alvo apontado pelo dedo do vizinho
A semente da mentira todo dia a irrigamos
Reclamamos se colhemos aquilo que plantamos
Aprendemos no passado que o futuro é consequência de um presente
E se tivessem lhe passado no passado
Que o futuro ia se tornar um presente
Pois no futuro o maior presente e poder se lembrar do passado
E quem presente infelizmente já vai ter passado

E eu chorei quando a última folha tocou a terra
Não acreditei matamos a paz criamos a guerra
E eu chorei quando a última folha tocou a terra
Não acreditei matamos a paz criamos a guerra

Quem nunca se sentiu só
Esteve na pior do outro teve dó
Viu o mano virar pó
O dinheiro desperta a ganância
Mas a fé renova e traz com ela a esperança
Por causa de herança
A família se desfaz assim
Como uma criança meu povo tem sede de paz
O teu preço foi pago na cruz
Me libertou da escuridão e me trouxe pra luz
Jesus como eu pude viver
Tanto tempo perdida sem no seu nome crer
Hoje eu agradeço por ter me libertado
E deixo essa mensagem para os meus aliados

Logo após o amor ter entrado em extinção
Era tarde pra intender o Evangelho de João
Até a morte irmão havia sido erradicada
Mas pela profecia não medicina avançada
E pelos quatro cantos
No meu quarto canto
Quase tenho um infanto
Dentro do meu quarto em pranto
As lágrimas percorrem o rosto de quem cantava
É exposto o desgosto de quem sempre encantava
Criamos a guerra, pois ainda compensa
Entre Obama e Ossama eu não vejo diferença
Abriram mais um selo o mundo se rachou
E ainda deu uma treta quando a trombeta tocou

Infelizmente na linha de frente agente continua perdido
É mulher matando filho tudo a mando do marido

É neguim enquadrando os próprios manos na rua de trás
Afastando a clientela aproximando policiais

Meu Deus